APENAS VINHO DERRAMADO

Um dia enlouqueci em silêncio

Na toalha , manchas de sangue

Dentro da casa , muito mistério .

Acometida por esse transtorno

Sem poder tomar algum remédio

Entrei na festa pagã de fevereiro .

Fui para o Alto da Sé

Fantasiada de Bem-me-quer

Com muito frevo no pé .

Sou apenas isto :

Uma mulher tentando esquecer

A cena daquele suicídio .

Depois do tempo corrido

O mistério foi esclarecido

Em um copo de vinho derramado .

Ana Maria Marques
Enviado por Ana Maria Marques em 03/08/2016
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