AO ESCRITOR...

Qual o dia do escritor, qual o seu momento em precisão?

Não penso haver dia e tempo para os servos das palavras

Todas as coisas, vivas ou abstratas são seu " tempo"...!

Tudo e " todo" motivo para divagar seus pensamentos

Nas águas fluídicas das palavras em inerte crisálida

Cascateando borboletas, poemas mil, cataventos!

Há escritores que cantam as odes do amor em flor

Também os que derramam seu pesar em melancolias

Fazem da dor e do sofrimento um arco-íris de beleza e poesia!

Outros, cultuam em versos a natureza e o universo...

Encantam passarinhos e se deixam levar e enlevar por eles

São doçura e ternura,langor e ternura...Mel no papel.

E ainda há os que salmodiam a loucura, como leve melodia

Tão fluentes, num amaranhado paradoxo do ser. "Ser" escritor.

" Ser" quem é, o "quê" é... Em bravura de sonetos, sim senhor!

Mas há que se dobrar em reverência aos lacaios das palavras,

Toda a nossa gratidão aos arquitetos de sonhos, em letras

Nos transportam à outros mundos, continentes e planetas...

...Sem sequer arredar nosso pé da nossa pequena casa

Voamos léguas e léguas, sem sequer termos asas...Que primor!

Graças à ele, menestrel da caneta, o querido escritor!

Elisa Flor
Enviado por Elisa Flor em 26/07/2016
Código do texto: T5709173
Classificação de conteúdo: seguro