AO ESCRITOR...
Qual o dia do escritor, qual o seu momento em precisão?
Não penso haver dia e tempo para os servos das palavras
Todas as coisas, vivas ou abstratas são seu " tempo"...!
Tudo e " todo" motivo para divagar seus pensamentos
Nas águas fluídicas das palavras em inerte crisálida
Cascateando borboletas, poemas mil, cataventos!
Há escritores que cantam as odes do amor em flor
Também os que derramam seu pesar em melancolias
Fazem da dor e do sofrimento um arco-íris de beleza e poesia!
Outros, cultuam em versos a natureza e o universo...
Encantam passarinhos e se deixam levar e enlevar por eles
São doçura e ternura,langor e ternura...Mel no papel.
E ainda há os que salmodiam a loucura, como leve melodia
Tão fluentes, num amaranhado paradoxo do ser. "Ser" escritor.
" Ser" quem é, o "quê" é... Em bravura de sonetos, sim senhor!
Mas há que se dobrar em reverência aos lacaios das palavras,
Toda a nossa gratidão aos arquitetos de sonhos, em letras
Nos transportam à outros mundos, continentes e planetas...
...Sem sequer arredar nosso pé da nossa pequena casa
Voamos léguas e léguas, sem sequer termos asas...Que primor!
Graças à ele, menestrel da caneta, o querido escritor!