MADRUGADA


Eis que chega a madrugada
Vivo um vazio sem igual
Sinto me só e desnorteada

O silêncio lá fora é sepulcral
Pensamentos são incessantes
Cansaço físico,caos espiritual

Devaneios vêm em rompantes
Coisas que não consigo esquecer
Deixam aqui uma dor pulsante

Sozinha , sinto a carência vencer
Essa sensação  me deixa inerte
Faz meu corpo ,aos poucos adoecer

Preciso de ajuda, algo que me liberte
Sinto que minha força se esvaece
Reaja ,dizem! - creia,seja forte!

Assim aos céus elevo uma prece
Oro, clamo e suplico .... eu creio
Minha alma,lentamente padece

Fecho os olhos e ali me vejo
Sendo enfim tocada por  mãos
Que  os rostos eu, desconheço

São anjos, mensageiros  em ação
Sinto paz , na madrugada silenciosa
Aquieta-se, o combalido coração

Abro os olhos e sinto-me venturosa
Já ausente, a tristeza e  a agonia
A  madrugada não é mais dolorosa

Não sinto a sensação de  melancolia
Dissipou -se aquele  peso de outrora
Que a todo instante me perseguia

Imenso alívio me acolhe agora
Traz de volta a calma e serenidade
Nesse imperioso romper da aurora


 
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 26/04/2016
Reeditado em 16/10/2018
Código do texto: T5617459
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