TEMPO SUBMERSO...

Pertenço à forma mais patética de escrever
Embrulhado todos os sentires nestas mãos
E no desafio da misteriosa e plena escrita

Aqui deixo meu mais autêntico subjetivismo
Dificuldade para ver tantos novos caminhos
Buscando a levíssima maneira de só estar

Na precisão dum coração casto e já rifado
Gosta de aventuras em silêncio sob mares
Ultrapassa todo constrangimento das almas

E na saudade tão profunda a poeta espera
Na tão repetida mão que toda já é silente
Faço uma nota musical e a aplico ao bem

O espaço galgado entre a linha deste beco
Clama pela vida que congelada só espera
Bendito seja o ventre largo que já me pariu...

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel.

Imagem de Gilberto Toscano Sousa
Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 25/04/2016
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