TRISTEZA CRÔNICA
Lá no fundo
Da minha fita
De DNA
Há um gene
Defeituoso, uma
Lacuna de eviterno vazio
Que derrama seu nada
Pelas minhas veias,
Células e pensamentos.
Fazendo transbordar
Destes olhos frios
Chuva ácida sem milagre
A derreter este corpo
Inerte, de vibração baixa
Doente terminal
De uma tristeza crônica
Que não passa nem mata
De uma vez.