Solidão

Respiro o ar triste das perdas
No caminhar descompassado
De um coração sem caminhos.

Pranto que a saudade decanta
Nas vielas silenciosas do hoje
Calvário eterno de lembranças.

A dor revela emudecidos sonhos
Sepultados nas valas do descaso
Sombras matizadas de agonia.

Entre o cinza das frias paredes
Redes do ontem embaraçadas
Abraço o vazio que ainda resta.




Ana Stoppa
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 12/07/2015
Código do texto: T5308915
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