POEMINHA REFLEXIVO

Não temo a morte

em seu existir finito,

jamais me sinto morrer;

a alma eterna e forte

existe no cosmo infinito,

morre, para após renascer.

Há na morte o vazio,

pela inércia tumular

da vida carnal extinta;

livre do cárcere sombrio

a alma revive o seu voejar;

do corpo morto ela volita.

Não temo o meu morrer;

não sinto o que morre

que a terra há de comer;

sinto sim o meu reviver

do que em mim não morre,

em cada novo alvorecer.

Da morte a alma levita

tamanha leveza espiritual;

almeja a sua vida bendita

nalguma colônia astral;

não pensa na vida extinta

mediante a morte carnal.

Revivo a cada novo morrer

nunca temo o meu porvir;

dá-me, razão, o eterno saber

em meu contínuo evoluir;

ó morte, para que te temer?

Doa-me a vida que há de vir!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 18/10/2014
Reeditado em 19/08/2017
Código do texto: T5003512
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