DÓCIL CREPÚSCULO!

A imaginação é parente do infinito.

“Charles Baudelaire”

Em silêncio profundo...

Ouço meu coração pulsando

Vejo as nuvens em bonança flutuando.

Enquanto a lua com seu brilho rutilante

Vem deslumbrante me fazer companhia.

Pirilampos e estrelas me cortejando.

Extasiada! Enlevada deixo-me arrebatar.

Meus olhos entorpecidos, sonolentos...

E a mansa madrugada meus sonhos embalar.

Minh’alma ciscando como mulher em mesa de bar.

Na vaga do infinito dócil é o crepúsculo.

Devaneio! Quimeras... Sonho... Fantasia!