UM PESADELO

A noite é Londrina! Sob o véu da neblina

O vento frio como fio da navalha

Arde na carne viva... Dilacera alma.

No silêncio ensurdecedor!

A madrugada é de terror.

A lua vestida de luto.

A intuição Inundando meu peito

Tento afugentar os umbrosos pensamentos

Faço uma prece! Rogo aos anjos da noite

Na penumbra do quarto!

Na sombra das chamas da vela

Desfalece minhas flores de quimeras

Sou tomada por um desassossego

Explícita é a sensação do medo

Não consigo tecer os fios da esperança.

Recito o mantra!

O Amor vive! Vive o Amor!

Tombo diante o cansaço e a fadiga.

A partida é tão dolorida!

Minha’lma arde tal qual uma fogueira

E a chama inflama meu peito.

Preciso adormecer!

Aquietar meu coração...

Repousar meu pensamento.

Amanha quando amanhecer

Abro os olhos adormecidos

O vendaval da incerteza terá sido um pesadelo

Imagética do meu pensamento

Porque o amor é marola calma

Que embala o corpo e a alma

O Amor não é temporal

De ondas se debatendo

Na dor...Incerteza...Sofrimento.