Sonho fugaz
Ao bater da meia noite,
quando o relógio dourado apita,
em meu coração o sino toca.
Sonho com formas distintas,
caiu num abismo sem fim,
morro nesse sem fim.
O meu coração virá pássaro,
voa pelo céu sem destino,
caí de uma nuvem.
As cores do sonho são abstrações,
vejo lampejos com o formato de anões,
abraço certezas e grito, sorrindo.
Eu morro sorrindo, no sonho,
eu morro sorrindo, é sonho,
eu morro sorrindo.
A voz dentro de minha casca grita,
a voz é como o sino que apita,
a voz é o relógio e grita!
Tenho medo que o sonho nunca acabe,
fico escutando os pensamentos de uma ave,
corro sorrindo, morro sorrindo e voando.
A calma me fugiu roendo unhas,
o sonho se desfez como se fez,
acordei criança outra vez.