FÚTIL
E se lançou em precipícios
abismos fundos, deu indícios
de apalpar constelações
Correndo atrás de qualquer vento
foi que atingiu o firmamento
com o peito em doidas pulsações
Dançou nas nuvens mas, inútil,
o seu motivo era tão fútil
só preenchia o ego, em vão
''De que me servem, então, estrelas?''
entristeceu-se por não tê-las
dentro da palma, além da mão...
FÚTIL – Lena Ferreira – abril/13