RISCO DE GIZ
Por tudo que podia ter sido
Chorou o riso em pranto
O fado é fato canto.
O choro aguou a flor
N’alma aflora a poesia
Dorida triste é a lírica
Saudade do beijo Sonhado
Do abraço não entrelaçado
Do verso no trilho das linhas
Na pedra eu risco com giz
A dor dorida do coração
Pingos... Gotas de sangue
Letras de amor... Sonhos
Quimeras nas asas do ar
Saudade que voa... Voa
Como aves em bando voando
Buscando a distância infinita
Que lentamente vão passando
Risco de giz sem ponta
No céu... Nas asas voando
Restando apenas um vazio profundo