VIDA DE SERTANEJO...
A brisa agreste venta
na terra rachada ela espreita,
fértil, que se fez um dia...
a vastidão seca, consolida
o sertanejo fervoroso, reza
lágrimas secas, sempre choras...
o boi magro, filho pálido
o feijão ralo, em farinha se mistura
água turva, o que sobra, o gado bebe...
tristeza sertaneja se prolonga
aos longos e vastos sertões
pois a chuvas são sonhos, puras ilusões...
ainda quicá, um sertão irrigado
que da terra o fruto extrairá
a fome do enxadeiro por fim, um dia suprirá
na quietude do casebre, a noite se aproxima
no café da reunião, alumiado a luz de lamparina,
unge o talento nordestino, seus desejos, suas sinas
o artista do sertão, nas cordas do seu violão
na mente de cantador, sempre canta seu refrão,
"amo minha terra, sendo ela seca, ou não"...
Vida de sertanejo, vida poeta!!!!!!
Romulo marinho