VIDA DE SERTANEJO...

A brisa agreste venta

na terra rachada ela espreita,

fértil, que se fez um dia...

a vastidão seca, consolida

o sertanejo fervoroso, reza

lágrimas secas, sempre choras...

o boi magro, filho pálido

o feijão ralo, em farinha se mistura

água turva, o que sobra, o gado bebe...

tristeza sertaneja se prolonga

aos longos e vastos sertões

pois a chuvas são sonhos, puras ilusões...

ainda quicá, um sertão irrigado

que da terra o fruto extrairá

a fome do enxadeiro por fim, um dia suprirá

na quietude do casebre, a noite se aproxima

no café da reunião, alumiado a luz de lamparina,

unge o talento nordestino, seus desejos, suas sinas

o artista do sertão, nas cordas do seu violão

na mente de cantador, sempre canta seu refrão,

"amo minha terra, sendo ela seca, ou não"...

Vida de sertanejo, vida poeta!!!!!!

Romulo marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 10/02/2013
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