O PEREGRINO E FRAGILIDADES
Viajara em ternura com tom sideral;
Queria vida em traços: nova esperança.
Para cada um tinha um verso visceral,
Mergulhou no anverso: vencer a arrogância.
Viu-se fragilizado: saiu do funeral
De pessoas que lembrara pela sua existência;
O povo a lutar pelo sentido quimeral;
O poder a apostar em dons de prevalência.
Dias tristes, meditara entre dois abismos:
Noites a perder para ganhar o dinheiro
E, no coração, fez vários malabarismos.
Descobrira da vida seu corpo ligeiro;
Prazer e dor em ritmo de paradoxismos;
Ninguém é, pois, igual pelo mundo inteiro.
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