Os Caminhos do Eu-Poético


Seus versos parecem sem rumo, mas estão
navegando, em rota segura,
pelo oceano da imaginação...

Quando um amor já espreita,
o seu verso se veste
de uma loucura quase perfeita...

O amor, nas suas poéticas estradas,
não tem começo, meio ou fim:
só partidas ou chegadas.

Mais jamais se cansa
de olhar além do que o olho pode ver,
pois isso ele chama de esperança...

Do amor, nunca se consome
e, mesmo de quem já lhe foi maçã,
ainda lhe resta uma fome.

E quando lhe partem o coração,
é sua poesia que reúne os cacos,
no remendo de uma nova emoção...
Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 03/11/2012
Reeditado em 03/11/2012
Código do texto: T3966692
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