O ÓDIO MORTAL

Enquanto para muitos as letras são prisioneiras

De um livro aberto como flores carnívoras sem insetos

Para mim são confissões de asas inquietantes que dos presos as liberto

Não é uma saudade é uma alma leve como árvore de miriti

É uma flor fingindo que está se recolhendo

Matando o inseto que a atraiu para dentro de si

O ódio é esta flor carnívora de extremos oferece ao inseto o claustro

De seu néctar que atrai a direção do abismo o motorista incauto

Se alimenta de seu próprio veneno como o sangue jorrado no asfalto...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 11/08/2012
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