Madrugadas Solitárias
Posso contar sem pressa as horas
Nas veladas madrugadas solitárias
Permeadas de lágrimas e saudade
Vazio que faz escuro os cenários
Mortas noites arrastadas na dor
Dolorosa renúncia de ter um amor
Imagens repetidamente ousadas
Expelidas à revelia pelo passado
Angustiantes sonhos inacabados
Saudade plangente traga os dias
Vividos abraçados na esperança
Sufoco rasgante das lembranças.
(Ana Stoppa)