Ao Crânio

Teus olhos que foram órbitas,

Nestes vazios globos oculares,

Palavras de rudezas mórbidas

Com os mistérios seculares!

Nada lhe restou velho crânio

Só a protuberância da fronte

Ao pó retornaste como gerânio

No ciclo da vida foste à fonte!

Contudo se ardeu o gênio,

Nesta tua caixa craniana,

Na lembrança d’um milênio

Fizera a poesia mundana!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 15/04/2012
Código do texto: T3614656
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