Azulada

Olhar sem ver, sentir a luz pulsar

Beijar certezas e depois deixar pra lá

Sorrir dormindo ao lado de uma doce fantasia

Abrir os olhos e cismar sobre o luar

A lua azulada no formato do teu sorriso

Ver sem querer um eclipse dançando no infinito

Fechar a porta ao amanhecer

Escutar o teu canto sereno na cor azul

Subir montanhas em pensamento, tocando estrelas

Abraçar o calor do teu corpo

Esquentar a pedra de gelo daquele casebre

Contar as horas nos dedos dos pés

Preferir a incerteza do teu afeto

Proferir aquelas pilherias costumeiras

Desejar o perfeito sabor dos teus lábios molhados

Esquecer o passado no desenrolar das horas

Agradecer ao inevitável por não intervir nesse instante

Professar um encantamento atemporal na tua sala de jantar

Azulejar as idéias olhando teu rosto

Rezar para a Lua iluminar o nosso caminho

Registrar tudo num velho e amarelado pergaminho

Veja no blog: http://lucynante.blogspot.com/2011/12/azulada.html

Genny LiMo
Enviado por Genny LiMo em 07/01/2012
Código do texto: T3427080
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