::: AFÃ MUSA DO MEU VERSO :::

Tiro um instante de vida para compor um gole de existência.

De fragmentos da minha mais inconstante incoerência

A manhã solitária e a música melancólica estão cobertas

Ao deitar minha alma nos teus olhos claros como o céu

Deito minha mente e lembro que como são escuros os meus

Olhos que observam minh’alma profundamente deserta.

Que luzir portentoso há nos meus votos secretos

Almejando a paz que consigo traz o amor discreto

Cultivado no silêncio platônico de um romântico.

Eu que queria; meus rústicos lábios nos seus; deitar

A sentir o veludo calor com que persegue meu recitar

Tristemente solitário no impropério do meu cântico.

Francamente, eu não sei. Mas rogo um dia ter

A chama com que se vencem guerras, por ser

Esperado na terra de que vieste tão amado.

E de andar contigo, ter-me-ia feliz a alva manhã

Que vem luzir nesta hora chuvosa e afã

As leves notas de um peito que sonha calado.

Bem, cantarei sozinho todos os seus versos

Que carregam a conjectura de um universo

Na busca da minha natural verdade.

Hoje, sentado a ver a chuva ruidosa desse dia

Invoco a esperança e com tamanha alegria

De nos teus lábios achar minha felicidade.

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Dedicado à Ana Paula Araújo, Mulher que me ensina a respirar...

Ygor Pierry
Enviado por Ygor Pierry em 09/12/2011
Reeditado em 01/02/2012
Código do texto: T3379923
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