TUAS CARTINHAS...

Numa caixinha de papelão,

em forma de coração,

guardei as tuas cartinhas.

Num arroubo de carinho,

teu amor em pedacinhos,

juntei às saudades minhas.

Ah, pena que o tempo passou,

e do amor que amarelou,

restaram só tuas linhas...

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"Quando eu abri a caixinha

tosca, empoeiradinha,

o que foi que lá eu vi?

Suas cartas amarradas

muito bem organizadas

que eu jamais esqueci.

Abri uma e chorei

por qual motivo - não sei

acho que pelas lembranças.

Do tempos bons de outrora

que, tão distantes agora,

só a memória alcança".

(Milla Pereira)

(Encantada, Milla! Grata pelo carinho dos versos que tocaram fundo.)