Certas palavras

Não brotem assim atrevidas

Nuas

Desinibidas

Recolham-se rubras

Corem,

Envergonhem-se dessas idéias absurdas

Não me obriguem a trancafiá-las

Para sempre

Nas recônditas esquecidas valas

Não se juntem em reações promíscuas

Concatenando,

Urdindo formas para serem vistas

Lembrem-se das levas de outras que as substituem

Suavizando os impulsos

Que as prostituem

Criem seu soturno universo

Mas façam o que é certo

Encerrem-se céleres em ferro e concreto

Deixem a calma serenar os ânimos

E esqueçam olhos e ouvidos

Por quem tanto clamam