Esse campo em linha reta
que minha vontade açula,
me livra da bela redoma.

Essa planície - aberta -
cujo vento brando circula
e que de tudo se adona.

Traz-me o berço e a saudade,
esquecidos, perdidos na cidade,
mas que hoje sinto na alma.

Fecundo, esse verde espera
pela suavidade da primavera
- e planta-me essa calma.

Aqui cicatrizo as feridas,
do sal que me dá a vida -
e sou, de novo, minha dona:


- Liberta, nasce a Poeta!

Silvia Regina Costa Lima
26 de abril de 2011

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 02/06/2011
Reeditado em 02/05/2018
Código do texto: T3009142
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