Esse campo em linha reta
que minha vontade açula,
me livra da bela redoma.
Essa planície - aberta -
cujo vento brando circula
e que de tudo se adona.
Traz-me o berço e a saudade,
esquecidos, perdidos na cidade,
mas que hoje sinto na alma.
Fecundo, esse verde espera
pela suavidade da primavera
- e planta-me essa calma.
Aqui cicatrizo as feridas,
do sal que me dá a vida -
e sou, de novo, minha dona:
- Liberta, nasce a Poeta!
Silvia Regina Costa Lima
26 de abril de 2011