Literatura Portuguesa Infantil (*)

     Índice:
1 - Panorama Histórico
2 - João de Barros
3 - Eça de Queirós
4 - Fontes de Consulta


1 - Panorama Histórico:
     O Tribunal do Santo Ofício era o braço da Contra-Reforma. Denunciavam-se as pessoas por heresia e bruxaria, com imensa facilidade. Em Portugal, isso ocorria bem mais amiúde que na Espanha, por exemplo.
     Expulsavam-se judeus e cientistas de Portugal: um erro fenomenal, pois os judeus eram donos do dinheiro, e os árabes, navegadores, astrônomos, estudiosos, detendo portanto o conhecimento.
     A expulsão dos árabes (representando as ciências e os conhecimentos mais avançados da época) foi o que causou a queda Portugal. Devido a isto, Portugal se atrasou dois séculos, em relação à Europa, ao Mundo enfim, e jamais conseguirá recuperar esse tempo perdido.
     Como prova disto, no século XIX os outros países europeus já se achavam completamente alfabetizados, e Portugal ainda não.
     A imprensa só veio a existir no século XV.
     A primeira biblioteca para crianças em Portugal surgiu em 1870.
A estratégia política de Martinho Lutero – separar a Igreja do Estado – permitiu que novas lideranças surgissem, enriquecendo e fazendo andar a História.


2 - João de Barros:
     Escreve, em 1539, a primeira Cartilha da Língua Portuguesa (que passou a se chamar Cartinha). Assim, acaba mostrando um caminho do que se tem feito até hoje com e pelas crianças.
     A Cartilha continha também o Catecismo – servia para alfabetizar e, por conveniência, ensinava os bons comportamentos, os bons costumes.
Toda essa atividade conjunta deixou uma entrada para a literatura daquele tempo, que, passando a ser cada vez mais cultivada, tornou-se logo independente da Gramática e da Religião.
     Na verdade, porém, essa primeira gramática servia para ensinar e doutrinar, e nem se pensava em torná-la literatura; a cartilha, no entanto, já trazia literatura.


3 - Eça de Queirós:
     Através de seus romances, descortina a realidade de Portugal, com ironia e arte literária. Maneja habilmente a crítica social, através do deboche, do sarcasmo, sem excluir a simpatia pelos mais simples e humildes. Como exemplos dessa postura podemos citar: "O Primo Basílio", "Os Maias', O Crime do Padre Amaro"...


4 - Fontes de Consulta:
    
 1 – “A infância lembrada – Antologia”, de Matilde Rosa. Lisboa: Livros Horizonte, 1986.
     2 - “A Obra de Aquilino Ribeiro para crianças – imaginário e escrita”, de Rui Marques Veloso. Porto Editora, 1994.
     3 – “As crianças todas as crianças” – Antologia”, de Matilde Rosa. Lisboa: Livros Horizonte, 1979.
     4 - “Breve História da Literatura Para Crianças em Portugal”, de Natércia Rocha. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1984.
     5 – “Literatura Juvenil Portuguesa Contemporânea: Identidade e Alteridade”, de Francisca Blokeel. Lisboa: Editorial Caminho, 2001.
     6 – “Literatura Infantil – Teoria e Prática”, de Maria Antonieta Antunes Cunha. 18ª ed. Ática, SP, 2004.


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          (*) Com toda a vênia, este texto aqui permanece.  Só que não é meu, salvo engano.  Fica o registro.

Jô do Recanto das Letras
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 17/05/2008
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T993982
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