Do Erro

A linguagem tem uma função simples: comunicar. Qualquer forma de linguagem tem esse interesse seja qual for o motivo para. Como tudo que o humano faz, a linguagem também está fadada ao erro e o erro se dá na falha na comunicação, quando a linguagem não cumpre sua função. A mensagem, o que se quer comunicar, deve ser recebida e entendida plenamente ao destinatário, o público alvo.

Há cinco pontos essenciais em toda linguagem: mensagem, remetente, destinatário, canal e código. Todos esses pontos são vitais para a linguagem cumprir sua função e qualquer inobservância em um deles pode causar o erro.

Para evitar-se o erro, é preciso entender cada ponto. Mensagem é aquilo que se quer comunicar, é o cerne da linguagem, é o próprio motivo da comunicação, seja ela informativa, educativa ou meramente para entreter. É para a mensagem que se inicia a comunicação, é ela que deve ser entendida e absorvida pelo alvo e para isso existem os outros quatro pontos da linguagem.

O segundo ponto é o remetente. Ele é aquele que deseja entregar a mensagem. A pessoa que discursa, o escritor do livro, o ator do teatro, etc. Ele é a pessoa que produziu ou mero reprodutor da mensagem e é ele que a faz chegar ao destinatário. Sou eu, o dissertador.

O destinatário é a pessoa ou pessoas que vão receber a mensagem, o público alvo. O ouvinte, o leitor, o espectador, etc. É a pessoa que o remetente quer que entenda a mensagem, quer entretê-lo, informá-lo ou educá-lo. É o próprio leitor dessa dissertação, você.

O terceiro ponto é o canal. Canal é o meio no qual a mensagem deve percorrer para chegar ao destinatário. O ar em uma conversa, a folha de papel, as ondas de luz da televisão, o fio telefônico ou o cabo de rede para a internet. Sem o canal, é impossível o destinatário receber a mensagem, pois ela não poderá correr até ele. O espectador de um teatro não poderá receber a mensagem se for cego em uma peça muda.

O último ponto é o código. Código é a forma em que a mensagem está apresentada, ambos remetente e destinatário devem conhecer o mesmo código. A língua (português, inglês) é o melhor exemplo, mas também pode-se ter outras formas de códigos: Morse, sinais, etc. Um leitor inglês, que não sabe português, jamais irá entender essa dissertação sem que outra pessoa traduza para ela.

Logo, estabelecida qual a mensagem a ser encaminhada, o remetente deve se certificar que ela tenha o canal para chegar ao destinatário e que esse entenda o código em que a mensagem está. Se isso falhar, ocorrerá falha na linguagem e isso configurará o erro.