Da Linguagem
Desde os primórdios da humanidade, o homem teve a necessidade de se comunicar. As pinturas geométricas nas ancestrais cavernas mostram muito bem isso. Passar conhecimento ou dividi-lo foi o maior avanço da humanidade, pois, se cada homem tivesse que descobrir o fogo por si só, não teríamos, talvez, sobrevivido à seleção natural. A necessidade de comunicação deu origem a gravuras e gemidos ou grunhidos. O tempo criou os fonemas e ainda mais as palavras. A necessidade de comunicação ainda gerou a pintura e, derivada dela, a escrita.
Como já dito, a sociedade precisou da disseminação de conhecimento para que o homem, concebendo-o como ser social, pudesse sobreviver. É enraizado no homem moderno o dever de se comunicar com seus semelhantes e dessa forma sustentar a sociedade, quase como se fosse parte do próprio contrato social.
Há também o homem como indivíduo que não consegue viver alienado das relações sociais. Tendo essa condição, cada indivíduo sente a necessidade de contato e esse contato se dá pela comunicação. A própria inalienabilidade do indivíduo gera a esse a necessidade de comunicação.
A necessidade de se comunicar deu origem às diversas formas de linguagem que se usa. A linguagem pode ser estudada dividindo-a em cinco pontos essenciais: mensagem, remetente, destinatário, canal e código. Mensagem é aquilo que se quer comunicar. Remetente é quem quer comunicar. Destinatário é quem deve receber a mensagem. Canal é o meio em que a mensagem chegará ao destinatário (Som, carta, imagem, gestos, interpretação...). E código é modo em que chegará a mensagem (português, japonês, imagem, linguagem de sinais...).
Esses cinco conceitos são a alma de toda forma de linguagem e toda a forma de linguagem é usada para suprir a necessidade de comunicação humana. Logo, a função essencial da linguagem é suprir a tão citada necessidade. O estudo e correta utilização dos cinco pontos são de grande ajuda a qualquer linguagem, a qualquer comunicação, e uma simples inobservância de um dos pontos compromete a linguagem e sua função, sendo isso o verdadeiro erro.