Breves reflexões sobre a PRETENSA REFORMA ORTOGRÁFICA NA LÍNGUA PORTUGUESA...
Discute-se, de forma estanque, QUANDO deverá entrar em vigor a nova reforma ortográfica. Que a língua,
por ser um fenômeno dinâmico, precisa ser reformada de tempos em
tempos não se discute, mas a forma VERTICALIZADA (de cima para
baixo) como isso tem ocorrido até então, aí, sim, é algo discutível.
Será que o que se tem em vista reformar
é realmente necessário? Quem ou quais os participantes que patro-
cinaram tais sugestões de reformas ? Será que O PROFESSORADO
EM GERAL DE LÍNGUA PORTUGUESA - QUE É QUEM EFETIVAMENTE
VIVENCIA O PROBLEMA NO DIA-A-DIA, EM SALA-DE-AULA - NÃO DE-
VERIA SER CONVIDADO A APRESENTAR SUGESTÕES ? Será que ape-
nas os ANÔNIMOS REFORMADORES têm capacidade intelectual para
apresentá-las ? Será que as reformas sugeridas estão realmente per-
feitas ?
Bem...em breve reflexão sobre tais refor-
mas, sem nos aprofundarmos muito, mas já conseguimos detectar
alguns detalhes que podem vir a confundir mais do que a esclarecer,
senão, vejamos...
a) Sobre os ditongos abertos (éi, ói e éu) que, até então, são acen-
tuados, mas que (éi e ói), com a nova reforma, perdem esse acento, como é que fica uma situação como a do par de palavras " RÉIS" (moeda antiga), que leva acento, com relação à outra (sinônimo de
"monarca", no plural) sem o emprego do acento ?
Veja esta frase :
" Nenhum dos REIS seria suficiente"
(se esta frase estivesse ESCRITA e não, falada, como deveria ser a pronúncia da palavra em maiúsculo ? Com o timbre aberto ou fechado? (Da forma como esta frase se apresenta, tanto
uma - a de timbre aberto - como a outra - a de timbre fechado - seria
perfeitamente aceitável (...OU NÃO?)
b) O acento circunflexo que, até então, é usado na primeira das
duas vogais repetidas (ôo) que formavam um hiato e que deixa
de ser usado...
Como fica a situação, relativamente a isso, se a palavra abaixo
fosse FALADA e não, escrita ? Como o ouvinte deveria escrevê-
la?
Vôo / vou...
c) Sobre o emprego do trema, será que será fácil desconstruir, num
aluno aplicado, que levou anos a fio memorizando aquele padrão
teórigo aprendido e apreendido, que instruía sobre o uso deste
sinal ?
Tomemos por base apenas este exemplo:
QUINze (que, antes, não levava trema) /
QüINquagésimo (que, até então, continua levando o
trema)
(observe que, nestas duas palavras, as quatro pri-
meiras letras são absolutamente iguais, mas com
pronúncias distintas FACE AO USO DO TREMA...)
E você, amigo leitor, o que pensa sobre
estas nossas breves considerações ?