CONCLUSÃO (calma aí ! É só sobre as INFORMAÇÕES BÁSICAS) DA PREPARAÇÃO PARA UMA ANÁLISE SINTÁTICA
Tenham paciência, amigos leitores, mas este
assunto, além de longo, é enervante. Mas preferimos que seja assim,
POR PARTES, por acharmos que, dessa forma (aos poucos) fica mais
fácil ir assimilando mais facilmente o assunto.
Pois é...já temos QUASE todos os elementos
necessários para a análise sintática de UM PERÍODO COMPOSTO POR
COORDENAÇÃO (um dos dois tipos - o outro é POR SUBORDINAÇÃO).
Entretanto, achamos recomendável voltar
à ANÁLISE SINTÁTICA DE UM PERÍODO SIMPLES, E M Q U E O
V E R B O D A O R A Ç Ã O É D E L I G A Ç Ã O .
(O que altera na análise sintática se o ver-
bo é de ligação ? é que o complemento
desse verbo de ligação JÁ NÃO PODERÁ
SER UM OBJETO - direto ou indireto -, MAS
U M " P R E D I C A T I V O ", conforme
veremos na análise do período a seguir) :
Analisemos este período simples :
"TODOS OS MEUS AMIGOS LEAIS ESTÃO FELIZES"
(verbo da oração : ESTÃO - de ligação)
Período (tipo) : simples (só há uma oração, porque
só há um verbo)
Oração (tipo) : absoluta (sempre que o período for
simples...)
Sujeito : Todos os meus amigos leais (parte da
oração que vem ANTES do verbo,
neste período que está na ordem
direta).
Tipo de sujeito : Simples (só há um núcleo - substan-
tivo - "amigos" que tanto
pode estar no singular...)
Núcleo do sujeito : amigos (o substantivo....)
Predicado : estão felizes (verbo +...)
Predicado (tipo) : nominal (o verbo "estar" pertence
à relação dos verbos de...)
Verbo da oração : está (quando o verbo da oração é
de ligação, ELE - o verbo - NÃO
PODE SER CLASSIFICADO COMO
"núcleo do predicado").
Predicativo : felizes (complemento de um verbo de
ligação - à exceção de advér-
bio - é sempre um predicativo,
que pode ser representado ou
por um substantivo ou por um
adjetivo).
(Por que o nome "verbo de ligação"? Porque ele tem por
finalidade ligar o sujeito ao seu complemento, quase sem-
pre "substantivo/verbo de ligação/adjetivo (ou outro subs-
tantivo).
Agora, sim, a análise sintática de um período
simples está QUASE completa.
"Quase" porque, agora, vamos ver OS TIPOS
DE SUJEITO EXISTENTES NUMA ANÁLISE SINTÁTICA.
OS TIPOS DE SUJEITO SÃO :
1) SUJEITO "SIMPLES" = este tipo já temos utilizado : é aquele forma-
do por um único núcleo, podendo este estar no
singular ou no plural .
Exemplos : Os rapazes são mais agressivos
(rapazes = sujeito simples, porque, mesmo no plural,mas
é UM ÚNICO NÚCLEO)
2) SUJEITO "C0MPOSTO" = É aquele formado de 2 ou mais núcleos, po-
dendo estes estar ou no singular ou no plural.
Exemplos : Menino e menina são diferentes fisicamente.
("menino" e "menina", por serem dois núcleos, mesmo
estando no singular, formam um sujeito composto)
Eles e elas chegaram cedo
("eles" e "elas", por serem dois núcleos e estando os
dois no plural, formam o sujeito composto).
3) SUJEITO "OCULTO" = é aquele que, como o próprio nome já diz,
NÃO APARECE NA ORAÇÃO, mas a própria terminação
verbal o denuncia.
Exemplos : Vou para Recife (sujeito OCULTO "eu", que não apare-
ce na oração, mas é denunciado pela termina-
ção do verbo)
Disseste tudo o que sabes ? (sujeito oculto "tu", que
é denunciado pela terminação do verbo)
(OBS.: O SUJEITO OCULTO, PREDOMINANTEMENTE, OCORRE
QUANDO O VERBO ESTÁ NA 1A. PESSOA DO SINGULAR E
DO PLURAL (EU E NÓS) OU NA 2A. PESSOA DO SINGULAR
E DO PLURAL (TU E VÓS).
4) SUJEITO "INDETERMINADO" (NÃO CONFUNDIR COM O "oculto").
Ocorre em duas situações :
a) QUANDO O VERBO DA ORAÇÃO ESTÁ DESACOMPANHADO DO
SUJEITO E ESTÁ - O VERBO - NA TERCEIRA PESSOA DO PLU-
RAL.
Exemplos : Venderam a Coelba / Assaltaram a padaria / Mataram
o vigia (repare que, nestes três exemplos, nota´-se
QUE A AÇÃO FOI PRATICADA (venderam/assalta-
ram/mataram), mas não se sabe QUEM O PRATI-
COU, daí o nome "indeterminado")
b) QUANDO O VERBO DA ORAÇÃO ESTÁ NA TERCEIRA PESSOA DO
SINGULAR, DESACOMPANHADO DO SUJEITO E SEGUIDO DE HÍ-
FEN + A PALAVRA "SE" (quando esta frase não puder ser con-
vertida em voz passiva - oportunamente falaremos sobre este
assunto : vozes do verbo - ativa, reflexiva, passiva -.
Exemplos : Fala-se muito de mudanças
Vive-se bem no Brasil.
5) SUJEITO INEXISTENTE (ou oração sem sujeito).
Ocorre numa destas três situações :
a) SE O VERBO DA ORAÇÃO INDICAR "fenõmeno da natureza"
(chover, relampaguear, trovejar, amanhecer, anoitecer, ventar)
Exemplo : chove muito desde ontem (verbo chover...)
b) SE O VERBO DA ORAÇÃO É O VERBO "haver" NO SENTIDO DE
"EXISTIR". (O VERBO "HAVER" NÃO SOFRE FLEXÃO PARA O PLU-
RAL, QUANDO TEM O SENTIDO DE EXISTIR).
Exemplo : Há muitos desocupados pela cidade. (há = existem)
c) SE O VERBO DA ORAÇÃO É "FAZER" ou "HAVER" (em sentido im-
pessoal ou indicando tempo transcorrido)
Exemplos : - FAZ frio hoje.
- HÁ tempos eu não vejo você.
- FAZ dez dias que parei de fumar.
Já chega por hoje, né? (vou acabar per-
dendo esses meus leitores PACIENTES...)
Tchau !