O HOMEM SOLITÁRIO

Prólogo

A mente de um homem solitário é como um labirinto de sombras cinzentas, às vezes, coloridas, por excelsas reflexões. Ele caminha ou permanece sentado, em companhia de seu cachorro, num banco de praça, e/ou por corredores silenciosos, onde os ecos de memórias antigas ressoam como lampejos recalcitrantes. – (Nota deste Autor).

A MENTE COMO FLORESTA DENSA E DESCONHECIDA

Às vezes, o homem solitário se perde em pensamentos profundos, como se estivesse explorando uma floresta densa e desconhecida, noutras ocasiões ele se imagina num bosque encantado vendo o cintilar das estrelas em gotas de orvalho.

É a solidão um terreno fértil para a imaginação profícua ou ineficaz, a depender do caráter do solitário. E nesse plano paralelo, o homem cria mundos internos, personagens e histórias para preencher o vazio potencializado pelo indesejável abandono.

Meus heterônimos, por exemplo, quando mergulham nas profundezas de suas próprias psiques, buscam significados e conexões para suas incompreendidas existências, mas nem sempre encontram respostas plausíveis que justifiquem suas dúvidas e realidades.

OS DEMÔNIOS INTERIORES

Existe escuridão na solidão que se sobrepõe, quase sempre, aos lampejos de luz. Nessa ocasião o homem solitário, atormentado, enfrenta seus demônios interiores, luta contra a melancolia e seus horrores.

Anseia o homem solitário por companhia, mas muitas vezes se fecha, bloqueando sua vontade, temendo a rejeição e decepção por alimentar expectativas de desejados amores.

Em sua mente, ele pode encontrar respostas para perguntas que ninguém ousa fazer.

O homem solitário desvenda enigmas, explorando os recantos mais sombrios de sua mente e, às vezes, encontra resquícios de luz e beleza na escuridão e tristeza do mundo real, em seu subconsciente, tal qual paranormal.

CONCLUSÃO

Enfim, ouso afirmar que, a mente do homem solitário é um universo único, cheio de mistérios e possibilidades.

De tanto pelejar, talvez, em sua solidão, ele descubra, em algum momento, a verdade mais profunda de todas: que a conexão com seus semelhantes é o maior tesouro, depois do essencial equilíbrio mental, que poderá encontrar.