Observação: Nesta categoria Experimental, "O QUE SOU?" eu coloco o título no final do poema, provocando o leitor a identificar a que estou me referindo no decorrer da leitura. No final tem uma surpresa para o leitor, uma ilustração de minha autoria, em que exploro a ilusão de ótica, proporcionando ao observador uma experiência visual única e provocativa, muitas vezes desafiando a realidade prática, uma vez que é possível apenas em duas dimensões da tela.
Em praças singelas ou monumentais, ele se ergue.
De ferro, madeira ou concreto, sua essência não se perde.
Ali, corpos se entregam, em momentos fugazes,
Para espera, reflexão, descanso ou leitura, em doce paz.
Casais, crianças, babás e mães que amamentam,
Aproveitam o sol, um sorvete, versos e prosas que encantam.
Observam a vida, em ritmo acelerado,
Enquanto ele, sereno, tudo observa, calado.
Em uma dessas praças, a espera toma conta,
A expectativa cresce, a mente se descontrola.
Um encontro sublime, um compromisso agendado,
Com alguém que possa dividir sonhos e segredos guardados.
A ansiedade pulsa, invade seu ser,
Nesse instante crucial, gemidos e confissões.
Confidencia seus sonhos, medos e desejos triunfais,
A ele, o guardião de segredos ancestrais,
Imune aos intrusos que por ali passam,
Ele escuta, acolhe, jamais se cansa.
Testemunha de alegrias, tristezas e confidências,
Guarda em seu âmago histórias dos que se achegam.
A cada encontro, um novo capítulo,
Sobre o confidente, onde a alma se atreve,
A compartilhar segredos, sonhos e planos,
Esperando encontrar, um porto seguro e humano.
O BANCO
Autor da gravura: Walter Figueiredo