Conceito da alienação
Se o conceito de alienação significa na sua terminologia eliminar o poder da vontade, da submissão para influenciar o outro, além da falta da mente e seu rompimento, revestindo um certo niilismo, existencial e material, de modo que ideias estereotipadas flutuam no horizonte, na prática, nos valores e representações, então a imaginação se expande na realidade da percepção, das múltiplas capas, partendo da alienação mental, da alienação intelectual e cultural, bem como da condição funcional e objetiva, produzida e imposta, segundo uma abordagem comportamental, danificada na sua estrutura, carecendo de um pensamento independente, esclarecido, científico e lógico no corpo usurpado.
Quando se toma emprestado alguns dos significados de alienação de pioneiros,tornando-a um conceito ou um assunto de seus interesses, fundando teoricamente por meio de suas estruturas retóricas na forma e no conteúdo, do qual nortearam os pensadores, John Jacques Rousseau, Ricoeur Paul, Thomas Hobbes, Marx, Hegel , Feuerbach, Erich Fromm, Nitsch e outros, encontrando significados e interpretações diferentes, contrárias ou ainda entrelaçados. Mas é certo que ela se completa, e se concorda num assunto destacado, cuja sociedade alienada permanece sem futuro à luz de suas ideias, entre a superficialidade, simplificação e indiferença por um lado, e o extremismo e fanatismo por outro, tornando-se suas ações reflexivas com julgamentos e críticas fortuitas que derivam atrás de falácias.
O que provém em termos de decisões e ações da vizinha Argélia, ao ponto de fabricar acusações e insultar perante os princípios e a herança do Reino de Marrocos, confirmando ao mundo que o regime militar que governa este país sofreu dos mais altos níveis de alienação intelectual, até mesmo de seu tio cego, cuja confusão mistura fatos e indicadores num delírio da subestimação. Mantendo a superficialidade na argumentação, e populismo na justificação, na megalomania do poder de golpe, além da calúnia fanática contra as categorias da sociedade esmagada.
Trata-se da guerra da alma contra si mesma, uma traição da sua própria existência e entidade, de uma rebelião provocadora contra sua realidade e história. Além disso, a ação alinhadora é algo premeditado sem pertencer ao povo, o que lhe coloca num estado de alienação absoluta e um abismo social muito complicado. Diante da sua entidade, sua história, sua identidade e suas verdadeiras capacidades, diante de todas as suas lógicas e os equilíbrios realistas perturbadores e esquizofrenia psicológica cada vez mais surpreendentemente generalizadas.
Quando a verdade é obscurecida por qualquer que seja estrutura social, a sociedade torna-se incapaz de enraizar sua identidade e história, entendendo a sua cultura e sua verdadeira herança, uma clara indicação de um desequilíbrio sociopsicológico, cultural, de valores e identidade, atingindo os níveis recordes e perigosos, em termos de provas conclusivas, bem como da falta de autoconfiança, diante dos danos estruturais ligados ao nível da auto-estima e identidade, classificadas pela lógica e mentalidade.
Considera-se alienação intelectual conveniente, por mais que atinja níveis recordes, não vai mudar nada na presença da história e seu prestígio, sem manter a realidade da imaginação e ilusões, por mais mecanismos de propaganda, empregados para tal objetivo.
O mundo vai permanecer assim em todas as suas formas e padrões: zellige, kaftans, cerâmica, gesso, madeira, couro e outros aspectos da herança marroquina, conhecesse seus caminhos da antiga Fez, Marrakech, Rabat, Tetouan, Chefchaouen, Oujda, Meknes , Tânger, Ouarzazate, Laayoune, Dakhla e outras cidades marroquinas, formando uma fortaleza impenetrável que resiste a toda tentativa de obscurecer a verdade e a toda alienação distorcida.
A usurpação praticada pelo regime militar hostil à soberania e autenticidade marroquina, e seus subordinados, aproveitando seus atos de atrocidades e manobras através de seguidores para soprar o veneno da inimizade entre os dois povos irmãos, visando afetar a história e a geografia do Marrocos, mantida por imunidade e consagração, uma autêntica herança marroquina, cujos valores estão repletos da fragrância de uma história enraizada no pé da sociedade decente, orgulhosa de pertencer a este parte do continente africano.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário-Marrocos