A FELICIDADE ALHEIA DEVERÁ SER RESPEITADA

Prólogo

Fernando, heterônimo de Artur, Eduardo, Henrique, Leandro, Pedro, Evilásio, Eugênio, Sérgio, Zé Preto e Wilson estava diante de um dilema para tomar uma importante decisão socioafetiva.

Não tendo o necessário discernimento para compreender a mensagem recebida da senhora Luciana Das Dores, pelo fato de se encontrar em forte provação emocional, ele enviou o áudio para Zé Preto, seu mais idoso e sábio companheiro de lutas e vitórias.

Nesse áudio a voz nítida da mulher rude e sofrida, senhora Das Dores, informava em alto e bom som:

".... com certeza é porque eu moro naquela casa, deve ser isso, mas eu vou morrer lá e não saio!". – (SIC).

O ENTENDIMENTO DE ZÉ PRETO

O amigo Zé Preto ouviu a mensagem, fez sua análise e, de acordo com seu brilhante entendimento, emitiu um parecer e/ou opinião sobre o conteúdo do áudio. – (Nota do Autor).

O parecer de Zé Preto:

"Quando essa senhora disse: "... eu vou morrer lá e não saio!"" – Quis ela dizer, com essas palavras, que está morando bem, está feliz e que NÃO PRECISA de ninguém e de mais nada na vida. Ora, as pessoas só permanecem em um local quando se sentem felizes e confortáveis.". – (SIC).

"Portanto, o nobre e generoso amigo Fernando não deve se preocupar com quem é e está feliz. Deverá ajudar, como sei que já faz isso de forma humanitária, há muito tempo, as outras pessoas mais necessitadas e infelizes.".

Talvez seja o caso de ser concedido um longo tempo para essa senhora Das Dores curtir a casa onde mora até quando ela quiser ou Deus a convidar para residir no paraíso dos pobres e ricos, justos e injustos, gratos e ingratos.". – (SIC).

"Estou com isso afirmando que nosso eclético amigo Fernando deverá cuidar da vida progressista dele como nós cuidamos das nossas vidas. Lembremo-nos do que disse Jesus":

"Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos.". – (Mateus 8 –22).

"Com essas palavras Jesus quis dizer que cada um deve seguir em frente, isto é, aqueles que não se elevam acima do mundo – que se dedicam a agradar aos homens e esquecem de Deus – são como pessoas mortas, ociosas e inúteis empregadas para cuidar dos mortos. Sob minha ótica, respeitando entendimentos contrários, a senhora Luciana Das Dores se enquadra nesse rol de seres.". – (SIC).

"Portanto, é de bom grado deixar essa senhora Das Dores viver sua própria vida em paz; não a procurar para absolutamente nada, pois as palavras dela foram cristalinas. Compreendi que essa senhora diz estar feliz não necessitando de outras pessoas para perturbarem sua paz. Esse entendimento dela deve ser respeitado!". – (SIC).

AS ÚLTIMAS PALAVRAS E CONSELHOS DE ZÉ PRETO

“Não nos devemos preocupar tanto se seremos escutados e/ou compreendidos por quem quer que seja. O mais importante é sermos cuidadosos com A FORÇA DAS PALAVRAS que iremos usar.”. – (SIC).

“Devemos primar pela educação, urbanidade e conveniência; sermos gentis, corteses e nos adequarmos ao caráter e temperamento de quem irá nos ouvir.”. – (SIC).

“É bom não esquecer de usar as palavras certas para lembrar, cobrar, determinar, requerer, pedir, elogiar ou mesmo chamar a atenção dizendo algo que nos incomoda, mas necessita ser dito. Sem o uso correto das palavras poderemos estar nos condenando ao total ostracismo, abandono, isolamento socioafetivo.”. – (SIC).

FERNANDO SENDO ELE MESMO

Depois das últimas palavras de Zé Preto Fernando haverá de querer a paz de um riso com ou sem razão. Finalmente poderá compreender que a felicidade está onde o coração encontra repouso e a alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira.

Fernando compreenderá que na plenitude da felicidade, em cada dia, é uma vida inteira; que o êxtase espiritual é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente. Entenderá, ainda, que a alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira onde alcançamos o estado de uma consciência plenamente satisfeita.

Enfim, a nossa felicidade depende mais das positividades das nossas atitudes, das nossas mentes, do que do nosso fugaz poder socioeconômico.

CONCLUSÃO

Poucas pessoas dão importância às singularidades de Seu Zé Preto. Trata-se, esse ancião, de um exemplo de sobeja experiência não apenas pelo excesso de janeiros vividos, mas sobretudo pelo alto grau humanitário de que é possuidor, por suas atitudes ou por outras características que não tenham pluralidade.

Todos sabemos que o óbvio dispensa explicação! A felicidade alheia, seja de quem for, COM OU SEM RAZÃO, deverá ser respeitada, mas depois da elucidação de meu dicotômico Zé Preto Fernando pode descobrir a diferença entre dar a mão em forma de uma ajuda humanitária, necessária, e a impossibilidade real de acorrentar, pela graciosa benevolência, uma alma excessivamente esbulhadora, grosseira e ingrata.