FILOSOFANDO SOBRE O DESEJO

Prólogo

Escrevendo sobre “A infelicidade do desejo” o filósofo José Luís Nunes Martins asseverou:

“Um desejo é sempre uma falta, carência ou necessidade. Um estado negativo que implica um impulso para a sua satisfação, um vazio com vontade de ser preenchido.” – (SIC).

“Toda a vida é, em si mesma, um constante fluxo de desejos. Gerir esta torrente é essencial a uma vida com sentido. Cada homem deve ser senhor de si mesmo e ordenar os seus desejos, interesses e valores, sob pena de levar uma vida vazia, imoderada e infeliz. Os desejos são inimigos sem valentia ou inteligência, dominam a partir da sua capacidade de nos cegar e atrair para o seu abismo.” – (SIC).

MEU ENTENDIMENTO SOBRE O DESEJO

Entendo que o desejo quando descontrolado obscurece a razão. O filósofo José Luís N. Martins tem sobeja razão ao escrever, com outras palavras, que todo ser humano tem desejos. A pretensão de melhor qualidade de vida é o desejo de todo ser humano, mas o que se poderá dizer sobre aqueles que cultuam o ócio?

Eu não tenho dúvida: O ócio poderá ser danoso ou proficiente!

O supracitado filósofo conclui que, “quanto mais e maiores forem os desejos de alguém, menores serão as suas possibilidades de felicidade, pois ainda que a vida lhe traga muito... esse muito é sempre pouco para lhe preencher os vazios que criou em si próprio.” – (SIC).

A reacionária e pragmática cantora Rita Lee canta na música “Mania de Você”: “Nada melhor do que não fazer nada só para deitar e rolar com você”. – (SIC).

Portanto, posso concluir que ócio (não fazer nada) não é vagabundagem, mas uma forma de melhor aproveitar o tempo para sentir prazer com a realização de um desejo. Mas atenção! O ócio como acomodação inconsequente é extremamente danoso e capaz de obstar iniciativas proficientes, causar infelicidades e frustrações.

INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

Em um recente texto intitulado “ONDE EU QUERO CHEGAR?”, publicado no Recanto das Letras, escrevi:

“É necessário sublimar o amor-próprio, não se afeiçoar à matéria, cultuar a tolerância, respeitar as limitações socioculturais um do outro, não sentir ciúme, tampouco se apaixonar e jamais sentir saudade!”.

Agora poderei acrescentar as três principais armas fortes para o progresso: Informação, comunicação e qualificação. Posso, ainda, afirmar que determinação e um ócio lúdico, moderado, sob forma de lazer são excelentes para o equilíbrio da saúde física e mental. Isso, evidentemente causará prazer estribado no desejo são.

ÊXTASE E FELICIDADE

O pensador Lindomar Batista escreveu: “Felicidade é um estado de êxtase interior. Momento o qual o impossível se torna possível, onde o destrutível se torna indestrutível, onde os momentos são eternos, duradouros, onde nos embriagamos no néctar da imortalidade.” – (SIC). Quando eu publiquei no Recanto das Letras o texto “ÊXTASE” dei meu recado da forma que se segue:

“O ribombar dos trovões não eram ouvidos pelos que se amavam. As chicotadas do vento gélido em seus corpos nus, arrepiados mais de prazer que pelo frio intenso, assemelhavam-se às carícias fantasiadas na solidão de uma Analu esfalfada, tresnoitada e abstida na espera longa daquele momento, que tanto quanto o anjo merecia aqueles delírios místicos, e que consiste em sentimento profundo e indizível chamado êxtase.”.

CONCLUSÃO

Viva da melhor forma que puder sua infância, adolescência e vida adulta. Na velhice deguste o melhor vinho ou bebida predileta como se fosse o néctar dos deuses. Isso por uma razão, talvez singular: A vida material é curta. Há sonhos impossíveis de acontecer e existem dores, angústias e frustrações que não podemos prever.

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.