DICAS DE ESCRITA - Parte 2 - A MISSÃO DO ESCRITOR
Bem-vindos, caros visitantes!
Comecei a escrever aqui algumas dicas rápidas sobre como escrever boas narrativas. Na postagem anterior, tratei do LEITOR como o sujeito mais importante da escrita, por ele ser o destinatário de nossos textos. Vimos que o leitor busca textos com significado de vida, textos que transmitam uma verdade humana, textos que provoquem nossas emoções e nossa curiosidade.
Nesta segunda postagem, trataremos do ESCRITOR. Como vimos, a escrita é um processo de comunicação em que cada escritor é o remetente de uma mensagem, é o primeiro elemento da narrativa, é quem irá criar uma estória a ser comunicada ao mundo. E como uma história alcança o leitor? O que desperta o interesse do leitor em conhecer essa história? Qual a missão de um escritor?
Prenda o leitor logo de cara
Como visto na postagem anterior, ninguém tem tempo a perder. O leitor irá se certificar se irá dedicar seu tempo lendo uma história por meio da primeira impressão. Começando pelo título. O escritor pode instigar o leitor por meio de um título que irá atrair a curiosidade pelo conteúdo a ser revelado. O título é uma isca pronta para ser fisgada, é um convite para a aventura que irá se seguir. E assim como o titulo da história, assim deve ser o primeiro parágrafo, a primeira frase, as primeiras palavras. Elas devem causar aquele tipo de impacto que irá assegurar ao leitor de que o que virá pela frente será arrebatador. Prenda o leitor logo de cara. Inicie sua história com uma frase impactante, forte, significativa, envolvente e inovadora, que irá convidar o leitor a embarcar na trama imperdível que você tem para contar.
Ganhe o leitor por nocaute
Foi o escritor argentino Julio Cortázar que deixou a célebre frase: “Em um combate travado entre um texto apaixonante e seu leitor, o romance sempre ganha por pontos, enquanto o conto deve ganhar por nocaute”. Em narrativas curtas como contos e crônicas, não há espaço para divagações fora do tema principal. As ideias devem ser concisas e atingir o leitor em cheio, como um soco no queixo. Sua missão é deixar o leitor arrebatado com seu texto. Mantenha o foco.
Presenteie o leitor com uma verdade humana
O leitor merece receber como presente um vislumbre significativo de uma verdade profundamente humana. O presente será melhor ainda se o leitor conseguir se identificar na história, e o bom escritor consegue isso ao explorar nossa natureza humana, nossos dilemas, emoções, aflições e busca por sentido na vida. Que presente você quer dar a seus leitores?
Presenteie o leitor com uma estória inesquecível
Ok. Se você vai contar uma história, encontre o melhor meio de contá-la. Entretenha o leitor. Imagine perder o seu tempo lendo sobre um pescador que sai para pescar e volta. O que isso vale? Bem, se estivermos falando de “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway, vale um prêmio Nobel de Literatura. Por isso, não importa sobre qual assunto você irá falar, mas em como você irá contar a história. Deve ser uma experiência inesquecível.
Presenteie o leitor com um personagem inesquecível
Por fim, toda narrativa descreve uma ação. Basicamente, descreve-se um personagem ou personagens executando ações. O quanto seu leitor irá se identificar com o personagem? O que ele traz de tão diferente e encantador? Você sabe quem é Peter Pan, não sabe? E Sherlock Holmes, certo? E Hamlet? Você pode não ter lido todas as suas histórias, mas sabe quem eles são: personagens inesquecíveis da literatura universal. Presenteie o leitor com um personagem inesquecível.
E com essas pequenas dicas, concluo esse segundo diário de bordo. E na próxima postagem dessa série de dicas de escrita, trataremos das características do PERSONAGEM dentro de uma narrativa. Gostou dessa postagem? Boas leituras, e até a próxima!