Há tempo?

Há tempo?

O que quer a vida com a boca faminta e presas expostas?

Deve está querendo matar a fome engolindo o tempo, antes que alguém abarque seu bonde de partida. Ela adora confiscar isto dos que vão chegando sem papel de protagonistas; esquecendo ela que, os que são considerados como intrusos, também não foram consultados se queriam provar suas amargas fissuras. E como ela, a vida, não estar aqui para ser mãe compreensiva, os desavisados são obrigados a aprender antes de amadurecer. Isto é desvantagem em relação aos que são acolhidos com o bem-vindos, mas não significa que os que assim não são recebidos, já estejam inscritos no cadastro dos derrotados. Esta condição irá depender do bom senso de cada um, e do apoio que receberão dos seus. Mas cada um há de entender, que este apoio será dado enquanto houver empenho na busca, não pode ser algo interminável. E será vencedor aquele que persistir e não se apressar em trazer sobre si os abrolhos da independência.

Quem se apressa pra “viver a vida” sem antes se estruturar, saiba que nas próximas curvas deste “viver”, irá receber no lombo, sem sobreaviso, fardos indesejáveis.