Um pouco sobre análise de Literatura Fantática
Acredito que a Literatura Fantástica nos aproxima, de certa forma, dos indivíduos fora da realidade. Nos aproxima um pouco da loucura. Li um texto de Murilo Rubião, não entendi nada. Mas, entendi alguma coisa. Acredito que por mais que existam textos que aceitam múltiplas interpretações, os textos do gênero fantástico os sobrepõem. Há coisas que acontecem que não conseguimos definir. Há coisas transcendentais.
A literatura fantástica é muito difícil de definir, poque é algo que realmente choca. Trata-se realmente de algo novo. Murilo Rubião, compartilha dessa ideia. Para ele tal representação foge à realidade comum. Que na verdade, trata-se de uma realidade que se liga mais a essência do que a aparência. Uma realidade intocável que não existe nem para ele nem para o leitor.
Um outro autor que tem dificuldade em entender o fantástico, mas também se encaixa nele é Júlio Cortázar, um dos melhores escritores argentinos, em seu livro "Alguns aspectos do conto", explicita sua maneira de escrever: deixa claro que se opõe ao realismo, pois acredita que nem tudo pode ser descrito como as leis. E que há coisas que transcendem as leis, apoia essa ideia nas ideias de Alfred Jarry, que acredita que o verdadeiro estudo não residia nas leis, mas nas exceções da mesma. Logo, encaixou seu modo de escrever no gênero fantástico por falta de denominação melhor.
Assim, a melhor definição que eu poderia dar para o gênero Fantástico seria a incerteza. Pois, a incerteza existe. Há tanta incerteza nos textos que faz com que tenhamos uma grande dificuldade em entender as relações de causalidade que o texto tenta construir.