EM BUSCA DO MÉRITO
Prólogo
Mérito, do latim "meritum", é a ação que torna uma pessoa digna de ser recompensada ou, pelo contrário, castigada, consoante o caso. O mérito é aquilo que justifica um reconhecimento (ou um feito) ou que explica um fracasso. Não sei se estou na trilha certa, creio na necessidade de ser mais tolerante e cultuar com mais ênfase as virtudes teologais. Conseguirei? O tempo dirá e mostrará.
Este texto se baseia num sonho ocorrido numa madrugada fria e chuvosa do mês de setembro próximo passado. E para a concretização desse devaneio precisarei me esmerar no burilar do meu caráter e estilo de vida. Eu me desviei da luz e da razão. Quero o amor verdadeiro, o qual me alimentará, renovando-me a cada novo amanhecer. Necessito voltar à trilha da retidão! Tudo terá início ainda neste mês de outubro de 2019.
TER MÉRITO PARA A REDENÇÃO
Preciso, de fato, seguir em busca do mérito para alcançar a redenção porque já faz algum tempo que eu me desviei do caminho do bem! Não sei o que é mais danoso ao progresso espiritual... Ser "Sem vergonha" (sem hífen) ou "Sem-vergonha" (com hífen).
"Sem-vergonha", com hífen, é um adjetivo composto, cujo significado é aquele que não tem dignidade; canalha; devasso. "Sem vergonha", sem hífen, é a junção da preposição "sem" com o substantivo "vergonha", cujo significado é desprovido de sentimento causado pela inferioridade ou pela indecência.
EM BUSCA DO MÉRITO
No próximo dia 15 de outubro de 2019 eu farei uma longa, mas necessária e prazerosa viagem em busca do mérito. Nesse lugar, de esplendor sem igual, não há portas nem janelas fechadas. A luz tem a beleza tal qual a aurora boreal. Seres evoluídos e animais silvestres vivem em paz, respeito e harmonia. Todos se entendem. Pudera! Todos pensam e falam o idioma celestial.
SONHO OU PESADELO?
Quase sempre meus sonhos são coloridos. Isto é ótimo! Mas pesadelo é considerado um tipo de sonho. A principal diferença entre sonhar e ter pesadelo é o tipo de conteúdo que o cérebro processa enquanto a pessoa dorme. Os sonhos manifestam desejos e/ou vontades, enquanto os pesadelos têm um conteúdo mais obscuro e assustador mostrando os medos, incertezas e dificuldades vivenciadas no dia a dia.
Em meus sonhos, no MÉRITO ou REDENÇÃO, a luz furta-cores é eterna e tênue, a temperatura é amena, agradabilíssima, e a música suave assemelha-se a cântico litúrgico (gregoriano). Os habitantes desse oásis não se digladiam porque lá não existem mentiras, deslealdades, ciúmes; mendicâncias de quaisquer espécies, nem mesmo as afetivas; cupidez nem mágoas e ressentimentos em relação aos acontecimentos, às pessoas, ao que já ocorreu e deve ficar no passado.
A NOVA FUTURA MORADA
Em minha nova futura morada, assim espero, existente em minha febril imaginação e não compreendido devaneio, não existem desrespeitos às diferenças étnicas, biológicas, econômicas e socioculturais. Não existe o implorar por um olhar piedoso, não há o vazio capaz de mergulhar os sentimentos mais nobres na mediocridade. Foi num sonho colorido que visitei pela primeira vez esse lugar que ousarei chamar de MÉRITO ou REDENÇÃO.
E quando eu desencarnar, se conseguir superar os obstáculos na representação das dificuldades que a vida material a todo ser vivente impõe... É naquele paradisíaco lugar que eu quero morar e ficar enquanto me for permitido!
CONCLUSÃO
Nessa justa e merecida nova morada as cores são mais vivas e entre os poucos felizes seres viventes não há tristezas nem ressentimentos. Todos os dias, antes da primeira das cinco frugais refeições, os moradores se abraçam entre risos infantis e sons harmônicos advindos, de forma perene, de um florido bosque perfumado.
Antes de iniciar os trabalhos de socorro aos perturbados presos nas teias do desequilíbrio mental, provocado pelo egoísmo, vaidade e inveja, serei servido com mel nativo e água fluidificada. Desse modo alimentado estarei melhor preparado para me tornar vencedor na batalha entre o bem e o mal.
E para marcar o tempo, todos os dias, a partir de hoje, enviarei uma rosa vermelha à guardiã que durante muitos anos tentei moldar do meu jeito humanamente errado.