DOM CASMURRO, UMA METÁFORA REPUBLICANA
Dom Casmurro, de autoria do genial e imortal Machado de Assis, talvez seja o melhor romance para descrever o Brasil atual, pois essa magnífica obra, escrita em 1899, dez anos após a proclamação da república, fala sobre fidelidade e traição, ou seja, a narrativa é sobre um homem culto (Bento Santiago), que resume as virtudes de elegância e de caráter das elites brasileiras, numa tentativa de nos convencer de que ele é uma boa pessoa, embora tenha sido arbitrário, autoritário, insensível e patriarcal, à maneira tradicional (como os nossos políticos), e tenha com isso destruído a sua própria vida bem como a vida da mulher que amava (Capitú), com a qual ele vivia e tinha um filho, mesmo assim, apesar de tudo, ele ainda tenta nos convencer de que é uma pessoa civilizada e que ainda tem razão, numa tentativa patética de apresentar ao mundo o seu autoritarismo e os seus impropérios com uma estampa civilizada, adornada com filigranas de uma conduta proba e impecável, como se fosse um modelo a ser seguido pelas gerações vindouras!
É importante esclarecer que, na narrativa de “Dom Casmurro”, temos apenas a versão do acusador (Bentinho). Lembre-se de que o romance é ambientado numa sociedade machista e patriarcal. O bruxo do Cosme Velho (um dos apelidos de Machado de Assis) não dá à Capitú o direito do contraditório e ampla defesa (“audiatur et altera pars”, que significa “ouça-se também a outra parte”). Por conta desse princípio, nos dias de hoje, toda sentença condenatória proferida pelos leitores de Dom Casmurro (Bentinho) será considerada nula!
Dom Casmurro, de autoria do genial e imortal Machado de Assis, talvez seja o melhor romance para descrever o Brasil atual, pois essa magnífica obra, escrita em 1899, dez anos após a proclamação da república, fala sobre fidelidade e traição, ou seja, a narrativa é sobre um homem culto (Bento Santiago), que resume as virtudes de elegância e de caráter das elites brasileiras, numa tentativa de nos convencer de que ele é uma boa pessoa, embora tenha sido arbitrário, autoritário, insensível e patriarcal, à maneira tradicional (como os nossos políticos), e tenha com isso destruído a sua própria vida bem como a vida da mulher que amava (Capitú), com a qual ele vivia e tinha um filho, mesmo assim, apesar de tudo, ele ainda tenta nos convencer de que é uma pessoa civilizada e que ainda tem razão, numa tentativa patética de apresentar ao mundo o seu autoritarismo e os seus impropérios com uma estampa civilizada, adornada com filigranas de uma conduta proba e impecável, como se fosse um modelo a ser seguido pelas gerações vindouras!
É importante esclarecer que, na narrativa de “Dom Casmurro”, temos apenas a versão do acusador (Bentinho). Lembre-se de que o romance é ambientado numa sociedade machista e patriarcal. O bruxo do Cosme Velho (um dos apelidos de Machado de Assis) não dá à Capitú o direito do contraditório e ampla defesa (“audiatur et altera pars”, que significa “ouça-se também a outra parte”). Por conta desse princípio, nos dias de hoje, toda sentença condenatória proferida pelos leitores de Dom Casmurro (Bentinho) será considerada nula!