A ARTE DE VIAJAR NO TEMPO E NO ESPAÇO

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“Depois de ter mergulhado com Dafne no lago que Narciso mirou-se; depois de ter chamuscado os pés em Pompéia; depois de ter corrido no vácuo com os átomos de Epicuro; depois de haver calculado números com Pitágoras e ouvido sua música; depois de ter percorrido as muralhas da China e de ter passado por algumas regiões da metafísica e da loucura; quis, enfim, adormecer”.

Condenados a uma existência que nunca está à altura de nossos sonhos, tivemos de inventar um subterfúgio para escapar do nosso confinamento: a «ficção». Ela nos permite viver mais e melhor, sermos outros sem deixar de sermos o que somos; deslocarmos-nos no espaço e no tempo sem sairmos do nosso lugar nem da nossa hora, e vivermos as mais ousadas aventuras do corpo, da mente e das paixões, sem perdermos o juízo ou trairmos o coração.

Depois de haver vivido, nem que seja de modo fugaz, a outra vida (a fictícia, criada pela nossa imaginação à medida de nossos desejos), você irá compreender que ela é a compensação e consolo pelas muitas limitações e frustrações que fazem parte de todo destino individual.

"O sonho nos dá o que a realidade nos nega." ®Sérgio.

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Se você encontrar omissões e erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 25/09/2007
Reeditado em 23/07/2013
Código do texto: T667754
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