Coisas para se Lembrar como Escritor
1) Eu escrevo primariamente para mim, se eu não estiver me divertindo não vale à pena;
2) Meu primeiro livro não precisa ser uma obra-prima, não precisa ser original, revolucionário, profundo, não precisa nem ser meu melhor livro, basta que seja uma experiência divertida para mim e para os leitores;
3) Nem todo mundo vai gostar do meu livro, é impossível tentar agradar todo mundo e eu nem preciso, toda história bem escrita tem seu público-alvo por menor que seja;
4) Eu não preciso fazer sucesso, nem ganhar rios de dinheiro com isso, eu não preciso nem mesmo conseguir viver disso. Na verdade não precisar disso para viver me liberta, posso escrever o que quiser, do jeito que eu gosto, do jeito que eu quero e sem me preocupar tanto com questões de mercado, na verdade eu nem sei se quero fazer muito sucesso, me importo mais em ter um grupo fiel de leitores que apreciem a leitura dos meus textos, e se puder lucrar alguns trocados com isso é lucro (tentativa de ser engraçado).
5) Não tenho prazos, o importante é continuar sempre, se precisar demorar mais dois anos, cinco, dez, quem decide sou eu.
6) Mais vale um clichê bem executado que uma ideia original porcamente apresentada e mal-desenvolvida.
7) O próximo livro será sempre melhor, é parte do meu desenvolvimento natural como pessoa e como escritor. O que não quer dizer que o anterior seja necessariamente um lixo.
8) Talvez nenhuma editora se interesse pelo meu livro e está tudo bem, ninguém precisa de editora hoje em dia. Se não for esse livro, será o próximo, nunca vou deixar de escrever mesmo, nunca vou deixar de produzir histórias e de dar o meu melhor para isso, então naturalmente vou me tornar melhor.
9) Ao ler um texto de um dos clássicos e gênios não me sentir intimidado por isso, mas inspirado pela possibilidade de chegar minimamente perto de algo assim.