Deixa pra lá.
Eu caminho e me pergunto tantas coisas. O que eu estou fazendo? Porque tenho que seguir tanto as regras? Porque tento sempre agradar as pessoas? Porque vivo sorrindo quando dentro de mim há um vazio estrondoso que vem me corroendo aos poucos. Porque me deixo suprir pela vida?
Parei.
A vida me cutucou. - Você não vai seguir? Tem uma meta, era a vida sussurrando no meu ouvido. Mas eu tinha mesmo uma meta?
E a minha meta? As minhas vontades? Os meus sonhos? A vida é tão difícil e complicada, porque me permitia ser comandada e perder a alegria que ia se esvaindo bem a minha frente.
Não. Sabe de algo vida?
Hoje. Amanhã. Depois. Depois de amanhã. E pra sempre, quem constrói as regras e decide o rumo sou eu. Chega de agradar pessoas, no qual desapareciam num estalo sequer da minha vida, me deixando afogada na mágoa e dor. Chega de suportar calada, enquanto matava meus gritos desejosos por uma liberdade tão desejada. Chega de se conter. Não se permitir. Vou dançar. Vou comer. Vou escrever para mim. Vou me amar, decidir e cantar.
O que tiver que ser, será. Se eu errar, começarei de novo. Se eu acertar, sorrir eu farei. Viajar pelos cantos mais derivados, conhecendo sabores, gostos e pessoas. Se permitir viver momentos, não procurar histórias para sempre, mas porque não viver histórias do momento?
Deixa pra lá. Tudo. E mais um pouco. Porque hoje quero viajar para dentro de mim. Sorrir. Para nunca mais parar de sentir felicidade, porque ela é contagiante, gostosa e espanta todo o mal, para o sorriso sempre pairar em meus lábios.
Deixa pra lá, vida, porque hoje eu sou minha, sou da sensação, sou do calor, sou do amor, sou da felicidade que dura, que motiva, transpira e inspira, pra sempre conquistar, e sempre, pra sempre, ficar!