Vermelho
O coração,
Grudado na parede,
Do meu corpo,
Quase caí.
Ao te ver,
A vibração nos teus olhos,
Seduz a paz,
De meus instintos,
Em tua selvageria,
Quanto tempo ainda resta,
Eu não sei mais.
Se fico ou vou,
Nas asas do destino,
Aos braços desse amor.
Se tua voz,
Ainda é surda aos meus ouvidos,
Porque meu corpo domina?
Ar que eu respiro,
Sol do meu dia...
Os pecados da vida,
No vermelho de teus lábios.
Um dia seco,
Madruga-fria,
Solidão de meu ser,
Entusiasta.
De meus passados em cinzas,
tuas cores renovam,
Rosa-vermelha-amarela,
Flôr do meu interior.
Campo, praia, fazenda,
Desertos, favelas, cidades,
Em tuas mãos,
As minhas chaves.
Tu quem me das o tom,
Na tua pele o Leblon,
Não vejo mais.
Sigo pelas areias,
Percorrendo tuas águas,
Vivente da sua voz.
Ar que eu respiro,
Sol do meu dia...
Os pecados da vida,
No vermelho de teus lábios.
Humberto Fonseca
Conheça a Série: "Diário de Verão II" de onde o texto foi extraído:
http://rarefeitosimbitubianos.blogspot.com.br/2013/03/diario-de-verao-parte-ii-poesias.html