Acorda brasil
Olha aquela choupana, solitária, no alto daquele morro...
É onde eu descanso! Ali é a minha moradia,
Entre as favelas; Os frutos da discriminação!
Entre elas, belos palacetes, ao luxo e a mordomia;
O espelho vivo do rosto da miséria e da riqueza,
Um cálice de um amargo sabor, que não apetece;
Brindando-o com o meu próprio saber, que me aquece,
Bebendo esse trago vergonhoso em minha mesa.
Sou um poeta na alma, desabafo na poesia;
Em minha viola, canto o que sinto na canção;
O amor; a natureza; e a injustiça social;
Diante de tanto egoísmo, e tanta ambição;
Quantas terras improdutivas nas mãos de danosas castas!
Muita gente não tem onde plantar, para sobreviver...
Nasce em qualquer lugar, sem o lugar para viver,
Morre nas grandes cidades, sem um sonho, na desgraça.
Até quando essa nobreza hereditária, invalida,
Terá domínio político e social em nossa nação?
Não somos mais colônias de sangues azuis dos privilégios?
Essas raposas roubam da fome o último pedaço de pão,
Achando que sua mesa, é a única a ser abastada;
Com altos salários; riquezas ilícitas; tudo em bonança!
E o povo ganhando miséria, vivendo de esperança:
Inculto; faminto; doente; alto aluguel, sem morada.
Brasil! Abra as cortinas da cultura ao nosso povo?
O saber da verdade é quem liberta uma nação;
Enobrece um país; ao bom senso, ética e pudor;
Vamos mudar o nosso cenário? É tempo de uma nova visão...
O primeiro mundo aguarda esse país gigante, febril;
Não bastando apenas futebol e carnaval!
Trabalho; saúde; moradia e justiça social;
E faculdades gratuitas, iluminando o nosso brasil.
Autor: Valmy moura costa