Marxismo, Positivismo e Nova história
O marxismo é uma corrente histórica calcada no materialismo e nos modos de produção, ou seja, a história é vista sob a perspectiva da luta de classes, do que os homens e mulheres produzem no tempo. Ter "consciência de classe", segundo Marx, faria as classes oprimidas (os trabalhadores) insurgirem-se contra a classe opressora, a burguesia. A eventual vitória do proletariado criaria uma ditadura, que teria o objetivo de eliminar todas formas de exploração e desigualdade, em suma, abolir as classes sociais.
A história política tradicional é fundamentada no positivismo e no romantismo. É uma história centrada nos grandes feitos políticos. Esse movimento historiográfico buscava escrever uma história "oficial", factual, narrativa e linear. Seus representantes acreditavam que se se recorresse aos documentos certos, não estariam apenas "interpretando" os fatos, e sim descrevendo-os tal como foram.
A nova história política começa com a escola dos Annales, que segundo Peter Burke fez uma verdadeira "revolução" na historiografia, ao tirar o foco do Estado e privilegiar os atores sociais, qual sejam, as pessoas comuns, que mesmo não fazendo parte do governo, interagem (ou são excluídas) de alguma forma, dele. Passa a ser relevante também as relações de poder na família, escola e sociedade,. A nova história busca um novo paradigma na: a chamada "cultura política", o poder como relação social, o que a distancia da história tradicional que via o poder como sinônimo de Estado.