Uni-Verso ou Monóstico?!

No dia 07/08/2014, publiquei a teoria literária sobre Uni_Verso. Para minha surpresa e alegria, deparei-me com a indagação da Kathleen Lessa: “qual a diferença entre Uni_Verso e Monóstico?”. Ela ainda citou um poema de Drummond que diz: “ Esqueci um ramo de flores no sobretudo”.

O verso citado pela Kathleen faz parte de um poema-conjunto do Drummond. Esta não é a minha proposta. O que pretendo é que se faça versos independentes, versos que se resumem em seu próprio universo, ou seja, não podem ter relação com outros versos.

Em um texto de Bráulio Tavares encontrei uma fala de Drummond que diz: “Meu fragmento preferido neste poema-conjunto é o de número VI Nova Friburgo. Consta de apenas uma frase”. Veja que o próprio Drummond já diz que o seu poema faz parte de um poema maior, por isto diz que o seu poema, neste caso, é um fragmento. Se Nova Friburgo tivesse sido escrito de forma independente, sem estar em um contexto maior, eu diria que se tratava de um Uni-Verso, mas não é o caso. É importante ressaltar que ele não teve a intenção de criar uma nova escrita, ou seja, uma nova forma de escrever poemas com um único verso.

Por outro lado, vejam o seguinte:

Quanto ao número de versos a estrofe pode ser:

Um verso – Monóstico

Dois versos – Dísticos

Três versos – tercetos.

Assim sendo, quando falamos em monóstico estamos falando em números de versos, ou seja, estamos classificando os versos de uma estrofe, a palavra monóstico não nos remete a nenhum poema. No caso do Uni-verso, estou falando do poema em si, estou me referindo à poesia que está contida no poema. No Uni-Verso estabeleço regras, como por exemplo a obrigatoriedade de título, a independência da ideia que se quer passar para o leitor. É a busca do belo pela escolha de palavras. O Uni-Verso não é uma frase com título, mas sim um conjunto de palavras de ordem poética.

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 08/08/2014
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