O APRENDIZ ALQUIMISTA

A “estranheza” ou o “alumbramento” que o texto poético esparge sobre o leitor está na razão direta das figuras de linguagem, especialmente as metáforas de palavra ou de imagem. As duas espécies metafóricas são o fetiche feminino provindo do mistério – sua delicada voz simbólica. É a magia perfectibilizada que define profundidade no tocante às pequenas verdades. Além do mais, imprime o toque da beleza nas retinas do exigente observador estético. As grandes verdades não pertencem à poética, e, sim, à filosofia, e vão para muito além dos olhos. Quanto mais o tempo matura o espiritual, mais a linguagem poética descobre o aprendiz alquimista e amplia os horizontes de percepção.

– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2014.

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