A CACOFONIA E O CACOFATO ...
                
             


 CACOFONIA ou CACÓFATO: é o encontro de sílabas de duas ou mais palavras que forma um novo termo de sentido inconveniente ou ridículo em relação ao contexto da frase ou da réplica dada ao autor original.
Alguns anos atrás nós escrevíamos muitos dos nossos textos, geralmente contos, frases, causos, crônicas, artigos de opinão onde usávamos amiúde este tipo de firula ou trocadilho fonéticamente sincronizado com o linguajar popular das  minhas andanças por tantos lugares onde se fala a Lingua nossa de cada dia.
Recentemente um desses textos meus, foi rechaçado por um Mentor de Grupo no Face Book (que certamente vai ler este meu esclarecimento, que escrevo mesmo sem me ter sido encomendado!...) e isso me remeteu aos meus alfarrábios para lhes trazer aqui alguns exemplos: (meus e de outros – muitos – autores da Lingua Portuguesa).
“Al maminha tão senil que te partiste”... (é uma alegoria minha ao original de Camões: Alma Minha tão Gentil que te partiste).
Eva coava Café para o companheiro”... (Eva passava filtrava café no coador ...)
Até mesmo nesta frase existe uma cacofonia... “ café no cu a dor”  é uma Cacofonia pois é este o som fonético que se escuta em conversa informal ou coloquial.
 
Quando começamos a publicar os nossos “escritos” (geralmente eu uso a primeira pessoa do plural) para narrar muitos dos meus textos virtualmente através dos Portais Virtuais,  e felizmente são muitos que os teem divulgado ao longo destes últimos quase 40 anos, e talvez por isso nós recebemos críticas e comentários os mais estapafúrdicos imagináveis porque o esteriotipo escolhido por mim para algumas das minhas crônicas já há muitos anos, foi justamente utilizar a firula, a metáfora, o trocadilho e a sátia adestringente ao sentido de humor que cada narrativa me sugere – actualmente estou a revisar mais de mil textos da minha autoria e plena responsabilidade literária que, eu espero vir a publicar algum dia sob alguns títulos e subtítulos meramente sugestivos; “Catramonzeladas Literárias”  é um destes inventados por mim mas tenho vários outros!
O meu Livro “Os Gambuzinos”, por exemplo tem cerca de 300 crônicas virtuais que,  transformadas em Livro, geram um Volume de cerca de 900 páginas já que cada texto em média tem umas 3 páginas depois de revisado e formatado.
O Livro “Os Nïzcaros” - tal como "OS GAMBUZINOS" são homônimos dos respoectivos Blogs que me foram bloqueados no ano passado  -  é uma corruptela do verbete original usado na região Transmontana como “miscaros” ou cogumelos das muitas espécies e variedades que ali se encontram na época própria.  Surgiu-me este verbete em razão da minha infância onde não conseguia pronunciar correctamente a palavra certa para cogumelos e a Minha Saudosa Mãe me chamava para irmos aos “mïscaros” para fazer o almoço. Desta lembrança surgiu uma ligação ideográfica para aquilo que eu também costumo apelidar, até mesmo apregoar; “os políticos são como os mïscaros, quem não os conhecer bem, pode morrer ao comê-los”!...
“O Código Da (Vintch Cinco) 25 de Abriu-loooo” é uma colectânea de sátiras, trocadilhos, depoimentos, alguns testemunhos vivos daquilo que foi a maior transformação social Lusófona do Seculo Vinte, o qual também aqui eu costumo utilizar a tendência da CACOFONIA... exemplo “ FlorBela Espanca foi a maior Poetisa do Século Vin te ... buscar para irmos para o meio do nada!... pois ela se foi e deixou um vazio na nossa inspiração poética dos anos dourados entre a Primeira e a segunda Guerra mundiais.
Várias foram as reclamações e críticas por mim recebidas ao longo dos muitos textos que divulguei no Portal da ONG (organização não governamental) fundada no Brasil pelo Amigo e Patricio Casimiro Rodrigues, um “Retornado de Angola” a quem eu certa vez lhe perguntei; posso escrever aqui alguns palavrões para exemplificar sentimentos que temos relativos ao desgoverno que por aí vai?... e ele me respondeu no seu linguajar de pessoa iletrada mas patriótica acima de qualquer suspeita! Tu podes “caragooo”!... os teus palavrões são escritos com arte.
Serão!?... repliquei eu no telefone.
- ah claro!... podes escrever no “serão” ou na ora da xesta peis “ca té” t' ajuda a drumir milhó...   
    - Um abraçuuuuu... tchibum! ... Bip Bip Bip
Desligou o telefone e “foice”...
 
E.T. - O Escritor Allan Percy diz-nos no seu Livro “NIETZSCHE PARA ESTRESSADOS”: “ a potência intelectual de um homem se mede pelo humor que ele é capaz de manifestar”!  
Silvino Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 31/01/2014
Reeditado em 06/04/2017
Código do texto: T4672301
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