Inebriante
Ao perfume em tardes de verão que ti sentia, ao quarto esquecido e tão lembrado, o amor pairava ao ar alucinava, os beijos alimentava-me de paixão que na dor dilacerava o pobre coração, que acoites me destes na viu madrugada por olhar e não te encontrar, olhos ternos e vorás em teus caprichos libertinos, descontraídos, mas por um impeto teus olhos me traia, em fração de segundos não mais existia, e na tua procura teus olhos correntes a mesa ao lado ou passos na esquina na cachopa sensual, olhares sediantes a fio, que perdurava em tempos ao cume viu dos meus temores, dor imensa o ciume cruel.
Ho porem quando deslisava em teus lençóis e em seus olhos me perdia, em teu corpo me escondia no teu cheiro te amava em teus ouvidos sussurrava nos cabelos lisos e ruivos o coração me traia, ha como é traiçoeiro este que de falsas ilusões vives tao pobre sofredor? Que de amor suspirei e por qualquer sorriso me deixou! Em suspiros momentâneos o recordes de outrora por ilusões de amores vividos sofridos por aquele que tudo feriu, um dia partiu dos teus braços me traiu, forçada fui, segui.
Então o gosto do beijo perfumado, do quarto inebriante, o leito de amor que vagueia e pernoita eternamente, foi-se o quarto de outrora, acabou, amor hoje, nem cheiro nem quarto nem perfume da loucura, o ilusório serpenteia vagamente ao baú de trancas dos lenções o perfume.