Lua Cheia

A Fazenda da Limeira tinha destaque especial para as férias de Maggie. A vida era livre, descontraída, principalmente pela beleza dos balanços naturais: o cipó de são joão, com suas flores alaranjadas e folhas esverdeadas, deixava cair livremente grossas cordas compondo sua ramagem. Um convite às brincadeiras no palco da natureza.

No entardecer, o sol se punha vagaroso, matizando o colorido do céu com os seus raios dourados. Era o crepúsculo de um dia. E lá no relevo da serra um prateado despontava, brilhando entre nuvens brancas. O pedacinho daquele aro prateado ia se revelando como um tesouro intocável, desdobrando-se em tamanho à medida que alçava o seu auge. Parecia estar tão perto da Terra!

Agora a lua deslizava no manto de estrelas, sendo vista em seu todo, iluminando majestosamente a noite de seu trono na abóboda celestial.

Reunidos em frente à casa e inspirados pela exuberância cênica, crianças e adultos embalavam-se nas canções ao ritmo do violão:

"Lua grande e faceira

com seus raios prateados,

encontra meu bem querer,

pois ela é a razão do meu viver."

Flor da Aurora
Enviado por Flor da Aurora em 06/10/2013
Reeditado em 06/10/2013
Código do texto: T4513815
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.