Lua Cheia
A Fazenda da Limeira tinha destaque especial para as férias de Maggie. A vida era livre, descontraída, principalmente pela beleza dos balanços naturais: o cipó de são joão, com suas flores alaranjadas e folhas esverdeadas, deixava cair livremente grossas cordas compondo sua ramagem. Um convite às brincadeiras no palco da natureza.
No entardecer, o sol se punha vagaroso, matizando o colorido do céu com os seus raios dourados. Era o crepúsculo de um dia. E lá no relevo da serra um prateado despontava, brilhando entre nuvens brancas. O pedacinho daquele aro prateado ia se revelando como um tesouro intocável, desdobrando-se em tamanho à medida que alçava o seu auge. Parecia estar tão perto da Terra!
Agora a lua deslizava no manto de estrelas, sendo vista em seu todo, iluminando majestosamente a noite de seu trono na abóboda celestial.
Reunidos em frente à casa e inspirados pela exuberância cênica, crianças e adultos embalavam-se nas canções ao ritmo do violão:
"Lua grande e faceira
com seus raios prateados,
encontra meu bem querer,
pois ela é a razão do meu viver."