O PRÉ-MODERNISMO

O Pré-Modernismo iniciou-se,

no Brasil, séc. XX, em 1902,

quando Euclides da Cunha

publicou a obra "Os sertões",

o qual expunha os problemas do

homem do sertão, desvendando

uma existência de vários Brasis,

mostrando a luta do homem pela

terra, na Guerra dos Canudos,

as quais estão relatadas no livro,

causando grande impacto, porque

ela não se tratava, efetivamente,

de uma guerra, mas de um crime:

do governo contra o seu próprio

povo. Essa visão bem realista e

que denunciava os desmandos

dos governantes, era típica dos

escritores pré-modernistas, uma

verdadeira crítica e desabafo de

sua insatisfação sobre a situação.

Outro autor, preocupado com as

questões sociais, Monteiro Lobato,

fazia reflexões sobre a saúde e

instrução de nosso país e sua

precariedade, caracterizadas na

figura do caboclo, como Jeca Tatu,

até mesmo no falar caipira e na

forma ociosa e impressionante de

sobreviver "lei do menos esforço".

Monteiro também foi notável autor

da literatura infanto-juvenil, como

pode-se notar pela criação de

O sítio do Picapau-amarelo e seus

famosos personagens: a boneca

falante Emília, Narizinho, Pedrinho,

Dona Benta, Tia Anastácia e outros,

que encantaram adultos e meninos.

Vale ainda ressaltar nomes como;

Graça Aranha e Lima Barreto e suas

respectivas obras "Canaã" e "Triste

fim de Policarpo Quaresma", um

fanático nacionalista, que foi para

o cinema adaptado e prestigiado.

O Pré-Modernismo abriu o caminho,

pode-se dizer, para que novas

denúncias aparecessem, por novos

escritores do movimento modernista.